Investigadora da UC comenta Prémio Nobel da Química 2022

A docente do Departamento de Química da FCTUC, Marta Piñeiro, fala sobre a investigação distinguida pela Academia Sueca.

KP
Karine Paniza
MC
Marta Costa
14 outubro, 2022≈ 2 mins de leitura

© Niklas Elmehed © Nobel Prize Outreach

O Prémio Nobel da Química 2022 foi atribuído conjuntamente ao dinamarquês Morten Meldal e aos americanos Carolyn R. Bertozzi e K. Barry Sharpless (que recebe pela segunda vez o Prémio Nobel da Química, sendo que a primeira foi em 2001), pelo desenvolvimento da "química do clique" e da "química bioortogonal", afirmou a Academia Sueca em nota de imprensa.

A docente e investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Marta Piñeiro, comenta a distinção a Carolyn R. Bertozzi, Morten Meldal e K. Barry Sharpless.

Mais informações sobre os Prémios Nobel 2022 em https://www.nobelprize.org/

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Eis o que pode fazer:

Carolyn R. Bertozzi


Carolyn R. Bertozzi, nasceu a 10 de outubro de 1966, Boston, Massachusetts. É uma química americana conhecida pela aplicação de síntese química ao estudo de sistemas biológicos. Cunhou o termo química bioortogonal para descrever o uso de reações de clique – reações químicas rápidas e simples – para estudar células vivas. Em particular, Bertozzi mostrou que tais reações podem ser realizadas dentro de células vivas para mapear moléculas e funções celulares, sem perturbar a química celular normal. As contribuições inovadoras para a química do clique e a química bioortogonal, deram a Bertozzi o Prémio Nobel de Química de 2022, partilhado com o químico americano K. Barry Sharpless e o químico dinamarquês Morten P. Meldal.

Bertozzi recebeu um bacharelado em química pela Universidade de Harvard em 1988 e um doutorado no mesmo assunto pela Universidade da Califórnia, Berkeley em 1993. Realizou um pós-doutoramento na Universidade da Califórnia, São Francisco, de 1993 a 1995. Foi Professora assistente em Berkeley em 1996 e professora titular de química e biologia molecular e celular em 2002. Também foi professora de farmacologia molecular e celular de 2000 a 2002 na Universidade da Califórnia, em San Francisco. De 2006 a 2015, foi diretora da Molecular Foundry, uma instalação de nanociência, no Lawrence Berkeley National Laboratory. Em 2015, tornou-se professora de química na Universidade de Stanford.

Carolyn R. Bertozzi é membro da Royal Society e das academias de ciências da Alemanha e dos Estados Unidos. Entre suas muitas honras estão o Prémio Lemelson-MIT (2010), o Prémio Arthur C. Cope da American Chemical Society (2017) e o Prémio Wolf de Química (2022).

Fonte: www.britannica.com

Morten Meldal


Morten P. Meldal, nascido a 16 de janeiro de 1954 na Dinamarca, é um químico cuja pesquisa sobre a síntese de peptídeos e outros compostos orgânicos contribuiu para o desenvolvimento da química do clique, na qual reações simples, rápidas e de alto rendimento são usadas para fazer biomoléculas funcionais. Era conhecido em particular pelo trabalho desenvolvido em cicloadição de azida-alcino catalisada por cobre (CuACC), uma reação química altamente eficiente em química de clique, que desenvolveu simultaneamente e independentemente do químico americano K. Barry Sharpless. A descoberta da reação CuACC abriu novas oportunidades em pesquisa e desenvolvimento, especialmente nas áreas de ciência de materiais e desenvolvimento farmacêutico. Por suas descobertas, Morten P. Meldal recebeu uma parte do Prémio Nobel de Química de 2022, que dividiu com Sharpless e a química americana Carolyn R. Bertozzi.

Frequentou a Universidade Técnica da Dinamarca (DTU), onde estudou engenharia química, em especifico a síntese de oligossacarídeos, e onde se doutorou em 1983. Posteriormente estudou a síntese de peptídeos como investigador de pós-doutoramento no Laboratório MRC de Biologia Molecular da Universidade de Cambridge e, mais tarde, na Universidade de Copenhague. Em 1996 voltou à DTU, como professor. Dois anos depois, Meldal aceitou uma cátedra na Universidade de Copenhague, onde se tornou professor de nanoquímica no Nano-Science Center.

Fonte: www.britannica.com

K. Barry Sharpless


K. Barry Sharpless, nascido a 28 de abril de 1941 na Filadélfia, Pensilvânia é um cientista americano galardoado com o Prémio Nobel de Química em 2001 e 2022. Partilhou o prémio de 2001 com William S. Knowles e Noyori Ryōji por desenvolver os primeiros catalisadores quirais. Com Morten P. Meldal e Carolyn R. Bertozzi, ele recebeu o prémio de 2022 por contribuições à química do clique e à química bioortogonal. Foi a quinta pessoa na história a receber dois prémios Nobel.

K. Barry Sharpless recebeu um Ph.D. da Universidade de Stanford em 1968. Após o trabalho de pós-doutoramento, ingressou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em 1970. Em 1990, tornou-se W.M. Keck Professor de Química no Scripps Research Institute em La Jolla, Califórnia.

A pesquisa concentra-se em catalisadores quirais para oxidações, uma ampla família de reações químicas. Átomos, íons ou moléculas que sofrem oxidação em reações perdem elétrons e, ao fazê-lo, aumentam sua funcionalidade ou capacidade de formar ligações químicas. Em 1980, trabalhando no MIT, realizou experimentos importantes que levaram a um método prático baseado na oxidação assimétrica catalítica para a produção de compostos epóxidos, usados ​​na síntese de medicamentos para o coração, como betabloqueadores e outros produtos.

Na década de 1990, K. Barry Sharpless cunhou o termo “click chemistry” (química do clique) para descrever um processo pelo qual reações químicas simples e rápidas – como juntar duas pontas de um cinto de segurança – poderiam ser usadas para fazer novas moléculas químicas. As descobertas de Sharpless e Meldal abriram caminho para os químicos gerarem vários compostos diferentes com uma ampla gama de aplicações potenciais, particularmente nas áreas de desenvolvimento farmacêutico, química de polímeros e ciência de materiais.

Fonte:www.britannica.com

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