Estudo pioneiro com participação de cientista da UC apresenta as principais causas de morte entre 1990 e 2021 a nível global
A investigação, publicada na prestigiada revista científica The Lancet, permitiu identificar que, desde 1990, a esperança média de vida global aumentou 6,2 anos. Identifica ainda que a pandemia de COVID-19 alterou radicalmente o top das principais causas de morte nas três décadas analisadas.
Um estudo internacional publicado pela prestigiada revista científica The Lancet avança com uma análise pioneira sobre as principais causas de morte em 204 países entre 1990 e 2021. A investigação permitiu identificar que, desde 1990, a esperança média de vida global aumentou 6,2 anos. O crescimento deveu-se à diminuição de mortes provocadas, por exemplo, por doenças respiratórias ou por acidente vascular cerebral. O estudo identifica ainda que a pandemia de COVID-19 alterou radicalmente o top das principais causas de morte nas três décadas analisadas, com a COVID-19 a ter um grande impacto no número de óbitos.
O artigo científico – intitulado Global burden of 288 causes of death and life expectancy decomposition in 204 countries and territories and 811 subnational locations, 1990–2021: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2021 –, publicado na prestigiada revista The Lancet, contou com a participação de Mónica Rodrigues, investigadora do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra (UC).
“Nas últimas três décadas, a redução de mortes causadas, por exemplo, por doenças respiratórias, acidente vascular cerebral e doença cardíaca isquémica contribuiu em muito para o aumento da esperança média de vida”, explica a investigadora da UC. “Nestes 30 anos, apenas a pandemia de COVID-19 afetou a esperança média de vida em vários países, sendo este o primeiro estudo a comparar as mortes por COVID-19 com mortes relacionadas com outras doenças”, acrescenta.
Mónica Rodrigues destaca ainda que “Sudeste Asiático, Ásia Oriental e Oceânia foram as grandes regiões do mundo com ganhos mais significativos na esperança média de vida, que aumentou 8,3 anos entre 1990 e 2021”.
O artigo científico está disponível aqui.