Estudo pioneiro com participação de cientista da UC apresenta as principais causas de morte entre 1990 e 2021 a nível global

A investigação, publicada na prestigiada revista científica The Lancet, permitiu identificar que, desde 1990, a esperança média de vida global aumentou 6,2 anos. Identifica ainda que a pandemia de COVID-19 alterou radicalmente o top das principais causas de morte nas três décadas analisadas.

05 abril, 2024≈ 3 mins de leitura

Figura 1 presente no artigo.

© DR

Um estudo internacional publicado pela prestigiada revista científica The Lancet avança com uma análise pioneira sobre as principais causas de morte em 204 países entre 1990 e 2021. A investigação permitiu identificar que, desde 1990, a esperança média de vida global aumentou 6,2 anos. O crescimento deveu-se à diminuição de mortes provocadas, por exemplo, por doenças respiratórias ou por acidente vascular cerebral. O estudo identifica ainda que a pandemia de COVID-19 alterou radicalmente o top das principais causas de morte nas três décadas analisadas, com a COVID-19 a ter um grande impacto no número de óbitos.

O artigo científico – intitulado Global burden of 288 causes of death and life expectancy decomposition in 204 countries and territories and 811 subnational locations, 1990–2021: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2021 –, publicado na prestigiada revista The Lancet, contou com a participação de Mónica Rodrigues, investigadora do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra (UC).

“Nas últimas três décadas, a redução de mortes causadas, por exemplo, por doenças respiratórias, acidente vascular cerebral e doença cardíaca isquémica contribuiu em muito para o aumento da esperança média de vida”, explica a investigadora da UC. “Nestes 30 anos, apenas a pandemia de COVID-19 afetou a esperança média de vida em vários países, sendo este o primeiro estudo a comparar as mortes por COVID-19 com mortes relacionadas com outras doenças”, acrescenta.

Mónica Rodrigues destaca ainda que “Sudeste Asiático, Ásia Oriental e Oceânia foram as grandes regiões do mundo com ganhos mais significativos na esperança média de vida, que aumentou 8,3 anos entre 1990 e 2021”.

O artigo científico está disponível aqui.