Queima das Fitas junta gerações para relembrar Coimbra

Foram cerca de 130 os participantes no Jantar de Gerações, evento do Dia do Antigo Estudante na Queima das Fitas. Os lucros revertem para o Fundo de Ação Social António Luís Gomes.

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Marta Costa
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Karine Paniza
03 junho, 2024≈ 3 mins de leitura

© UC | Marta Costa

Tejo, Ana, Paula, Armando, Irene, Fátima, Clara, Mafalda, Sãozinha, Céu, Filipe e Coutinho. Chegam juntos ao Parque da Canção. Divertidos e animados, tiraram, na Universidade de Coimbra (UC), cursos tão diferentes como Direito, Matemática, Economia, Química Industrial ou Engenharia Informática. São um grupo grande de amigos vindos de Braga, Viana do Castelo, Tomar ou Lisboa, que se tornaram primeiro vizinhos, na Rua António José de Almeida, na cidade dos estudantes.

"Quem passou por Coimbra, nunca mais esquece Coimbra."

"Erámos, na altura um grupo muito coeso", conta Irene. "Ao fim de 30 e muitos anos, conseguimos manter-nos amigos e, com alguma frequência, encontramo-nos", acrescenta, de imediato, Armando. "Desta vez, foi o encontro de antigos estudantes um bom pretexto para celebrar a amizade". Porque, garante Armando, "quem passou por Coimbra, nunca mais esquece Coimbra".

E foram muitos, e de muitas gerações, os que se juntaram no Parque da Canção, para celebrar a vida académica. Com a máxima "Uma vez UC, para sempre UC", o dia dedicado a Antigos Estudantes começou mais cedo, com o Jantar de Gerações. O evento, que vai na 2.ª edição, reuniu cerca de 130 participantes.

"A Universidade deve ser feita do presente e do futuro, mas nunca esquecendo o passado", defende o Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão. "Podendo tê-los cá e fazer eventos que chamem os antigos estudantes é muito importante", acrescenta o responsável. Amílcar Falcão acredita que é uma forma de fazer com que "sintam que não são esquecidos e que gostamos de os ter connosco".

O cariz solidário do Jantar de Gerações foi também lembrado. "É muito mais fácil ter uma confraternização com antigos estudantes e assim apoiar atuais estudantes, do que com iniciativas para pedir dinheiro ou doações. Conseguimos juntar na confraternização o apoio social, que é muito importante", lembra o Reitor da UC.

Também o Presidente da Associação de Antigos Estudantes de Coimbra, Jorge Castilho, sublinha "a excelente iniciativa com as duas vertentes." Por um lado, refere, "permite que antigos estudantes recordem os bons tempos e, ao mesmo tempo, proporciona-lhes ser solidários, com a oportunidade de apoiar atuais estudantes que, infelizmente, lutam com dificuldades".

Ter um dia dedicado na Queima das Fitas é também, acrescenta Jorge Castilho, "uma forma de [um antigo estudante] se sentir recompensado pelos tempos passados". Quem vem, recorda, é "sobretudo, para conviver, e esse objetivo vai garantidamente ser conseguido". O responsável pela Associação de Antigos Estudantes de Coimbra deseja que, nos próximos anos, a iniciativa tenha "cada vez maior impacto".

De acordo com o coordenador geral da Comissão Organizadora da Queima das Fitas 2024, Carlos Missel, "é um orgulho". O responsável conta que, "para além da causa, que é muito nobre", espera-se que os objetivos de apoio ao Fundo de Ação Social António Luís Gomes vão ser superados: "há mais pessoas a vir ao recinto, mais antigos estudantes a participar e felizes por terem um dia dedicado". "Sendo os estudantes os embaixadores da Universidade e da própria cidade, é um sentimento de muito orgulho que este dia tenha cada vez mais sucesso", afirma Carlos Missel.

Todos os lucros do Dia do Antigo Estudante na Queima das Fitas revertem para o Fundo de Ação Social António Luís Gomes, um fundo que se destina à atribuição de apoios financeiros extraordinários a estudantes, nacionais ou internacionais, matriculados e inscritos na UC.

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