Dia do Animal de Laboratório: os biotérios da Universidade de Coimbra

Assim são chamadas as instalações que garantem o bem-estar animal e as condições adequadas à investigação.

AB
Ana Bartolomeu
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Karine Paniza
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Diana Taborda (tradução)
24 abril, 2024≈ 3 mins de leitura

© UC l Ana Bartolomeu

A 24 de abril é celebrado o dia do Animal de Laboratório. Para garantir o bem-estar animal e as condições adequadas à investigação existem os chamados biotérios. Dois dos biotérios existentes na Universidade de Coimbra são geridos pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC). Estão localizados na Faculdade de Medicina da UC e na UC Biotech, no qual são testadas novas formulações para tratar doenças autoimunes, inflamatórias ou cancerígenas.

"Não há muito tempo, vivemos uma situação que mostrou que, embora a investigação básica seja importante, a investigação animal continua a ser também muito importante", defende a investigadora principal do CNC-UC, Cristina Márquez. Toda a investigação científica "tem de ser comunicada à sociedade, especialmente, a que envolve animais", admite a investigadora, ciente do número crescente de movimentos de protesto contra a experimentação animal.

"É claro que não devemos tratar mal os animais", e mesmo havendo já alternativas à experimentação animal, estas nem sempre são suficientes para o avanço da ciência na promoção da saúde de todos, "não só dos seres humanos mas também dos animais".

É o caso da investigação agora em curso no biotério instalado na UC Biotech, intitulada "Estudo da farmacocinética e farmacodinâmica de novas moléculas e/ou formulações na prevenção ou tratamento de doenças autoimunes, inflamatórias ou cancerígenas". "Trata-se de um estudo piloto de células tumorais", explica a coordenadora dos biotérios do CNC-UC, Paula Mota.

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Numa primeira fase, é observado o ritmo do crescimento do tumor subcutâneo e, posteriormente, são administrados medicamentos "para verificar se revertem esse crescimento tumoral ou se o inibem totalmente".

"O bem-estar animal está em todas as fases", salienta Paula Mota. Nos espaços onde estão instalados, há rolos de papel higiénico usados como esconderijos e outros objetos que servem de brinquedos. Os animais são avaliados, no mínimo, duas vezes por semana. "Caso verifiquemos que o tumor está muito grande ou se o pêlo estiver eriçado, o animal curvado ou com menos movimento, então eutanasiamos o animal."

No sentido de promover abertura e transparência em relação à experimentação animal, o CNC-UC assinou o Acordo de Transparência sobre Investigação Animal em Portugal, promovido pela Sociedade Portuguesa de Ciências em Animais de Laboratório (SPCAL), em colaboração com a Associação Europeia de Investigação Animal (EARA).

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