O CIMAGO

Muitas interações genéticas complexas associadas a influências ambientais contribuem para várias doenças crónicas e do desenvolvimento/doenças não transmissíveis (DNT), como o cancro, um importante problema de saúde humana em todo o mundo. Além disso, compreender a predisposição genética e as escolhas de estilo de vida como contribuintes para o risco de desenvolvimento e progressão dessas doenças pode contribuir para estratégias de prevenção e para melhoria diagnóstica/prognóstica e terapêutica.

Foi observado, entre pacientes com certas síndromes de desenvolvimento, um aumento no risco de cancro. A proliferação, diferenciação, migração e apoptose de células anormais são características do cancro e do desenvolvimento embrionário anormal. Fatores ambientais podem desempenhar um papel fundamental na patogênese das DCNT, promovendo o desenvolvimento de inflamação crónica de baixo grau.

A carcinogénese é um processo de várias etapas que envolve mudanças genéticas e epigenéticas que contribuem para a alteração de diversos mecanismos celulares e moleculares que controlam o crescimento celular, regulam a sensibilidade à morte celular e mantêm a estabilidade genética. Além disso, o microambiente, a evasão imunológica, a inflamação e a desregulação metabólica parecem ser mecanismos importantes na iniciação e progressão das DNT. Assim, o conhecimento e a compreensão do papel do meio ambiente e dos mecanismos celulares e moleculares subjacentes à doença contribuem para o desenvolvimento de novos marcadores diagnósticos, prognósticos, de resposta a medicamentos e terapias direcionadas personalizadas.

Esta vertente de investigação clínica e interdisciplinar promove e divulga investigação científica fundamental, translacional e clínica nas áreas do Ambiente, Genética e Oncobiologia. Sua atividade de pesquisa tem como vetores principais a interação ambiente-indivíduo com o objetivo final da medicina de precisão. Um aspecto importante dessa abordagem é a capacidade de prever a probabilidade de doença, o resultado do tratamento e a eficácia da prevenção.

Nossa vertente tem experiência substancial não apenas em pesquisa básica e translacional, mas também em investigação clínica. Trabalhamos em estreito contacto com hospitais envolvidos no diagnóstico, prognóstico e tratamento genético e oncológico, como o CHUC, IPO Coimbra e o Centro Académico Clínico.

Esta vertente de investigação tem 4 grupos de investigação principais (1 na área do Ambiente, 1 na área da Genética e 2 na área da Oncobiologia), cada um com um coordenador titular, da FMUC e/ou CHUC. Cada grupo apoia atividades de pesquisa de estudantes de graduação, mestrado, doutorado, bolsistas de pós-doutorado e bolsistas clínicos (MDs). Além disso, estabelecemos colaborações com outros Grupos de Pesquisa Nacionais e Internacionais nas referidas áreas.

Os principais objetivos desta vertente de pesquisa são:

Uma abordagem multidisciplinar que inclui o estudo da variabilidade do genoma humano, a identificação de novos biomarcadores essenciais para o risco de doenças e a previsão de resultados e a identificação de novos alvos terapêuticos que se traduzam em pesquisas clínicas.

Integração de informações complexas de múltiplas fontes de dados gerando estudos epidemiológicos, ensaios clínicos e uma produção clínica utilizável, para apoiar estratégias de prevenção, diagnóstico, prognóstico e tratamento.

- Compreender o impacto das exposições ambientais e da variabilidade genética/epigenética na susceptibilidade e no curso de doenças do desenvolvimento e doenças crónicas / não transmissíveis;

- Analisar genótipos, transcritos, marcadores de metilação, metabolitos, imunoinflamação e resposta imunológica juntamente com fatores de risco ambientais e informações clínicas como ferramentas poderosas para entender a variabilidade humana e redes de doenças subjacentes;

- Identificar biomarcadores diagnósticos, prognósticos e de resposta a medicamentos relevantes para contribuir para um melhor atendimento à saúde;

- Identificar novos alvos terapêuticos úteis na monitoração da resposta ao tratamento, na estratificação de risco dos pacientes e na seleção da melhor terapia ou combinação de medicamentos;

Utilizando diversos sistemas biológicos in vitro e in vivo, as DNT serão abordadas de forma transversal desde os mecanismos celulares e moleculares até novos biomarcadores e alvos terapêuticos, permitindo uma medicina personalizada eficaz na promoção do bem-estar.

Coordenadora

• Professora Doutora Isabel Marques Carreira

Presidente da ACIMAGO

• Professor Doutor José Manuel Casanova

Membros

• Professora Doutora Ana Bela Sarmento Ribeiro
• Professora Doutora Ana Todo Bom
• Professora Doutora Anabela Mota Pinto
• Professora Doutora Maria Filomena Botelho
• Professora Doutora Henriqueta Coimbra Silva
• Professor Doutor José Guilherme Tralhão
• Professor Doutor José Manuel Nascimento Costa
• Professora Doutora Lèlita Santos
• Professora Doutora Manuela Donato
• Professor Doutor Victor Rodrigues