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Ainda há história para contar?

Esta foi a pergunta que deu o mote à exposição do CESUCA, com o apoio da BGUC e do CD25A. A sua preparação envolveu uma tentativa de trazer pequenas histórias para que todos visitem (ou revisitem) um antes e um depois de um acontecimento que neste ano de 2024 assinala 50 anos: A Revolução Democrática.

Ainda há história para contar?


Esta foi a pergunta que deu o mote à exposição. A sua preparação envolveu uma tentativa de trazer pequenas histórias para que todos visitem (ou revisitem) um antes e um depois de um acontecimento que neste ano de 2024 assinala 50 anos: A Revolução Democrática.

Assim, o percurso inicia-se a partir da entrada de uma escola. Uma qualquer escola deste Portugal. E como era estudar numa escola portuguesa, durante o Estado Novo? Que educação se promovia? Para recriar um pouco o espírito deste período os/as visitantes são convidados a entrar na exposição através de percursos diferenciados.

Aqui poderão observar o primeiro conjunto documental, organizado em quatro grandes temas: educação, censura, sociedade e guerra.

Vivendo hoje em democracia, todos poderão observar os diferentes objetos e a perceber que elementos eram semelhantes e quais diferiam.

O segundo conjunto documental centra-se no dia da revolução. Aqui se apresentam objetos que marcaram a sua preparação e que assinalam algumas das mais relevantes figuras envolvidas.

Desse ponto se segue para o terceiro e último conjunto documental, do qual constam objetos que mostram preocupações e mudanças na vida dos portugueses depois do 25 de Abril de 1974. A partir da icónica canção de Sérgio Godinho, “Liberdade”, os objetos escolhidos visam criar uma narrativa que passa pelas várias palavras cantadas por Sérgio Godinho e tantas vezes até hoje repetidas: “paz, pão, habitação, saúde, educação”, procurando deste modo identificar grandes projetos que nasceram e se desenvolveram na sequência da revolução democrática.

À saída da exposição podem ouvir uma música da Capicua que revisita a mencionada canção de Sérgio Godinho (numa tentativa de mostrar como ainda hoje é importante continuar a promover os ideais de abril) enquanto pode ser observado o puzzle que foi sendo apresentado ao longo da exposição.

As peças do puzzle são “páginas de um diário”. Estas páginas soltas são imaginadas, mas inspiradas e baseadas em diferentes acontecimentos da história portuguesa do século XX. O seu objetivo é não apenas contextualizar os objetos apresentados e integrá-los na narrativa da Exposição, mas também apelar à empatia histórica de quem visita este espaço.

No total a exposição conta com 50 objetos: 44 deles provenientes da coleção do Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, três pertencem à Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e outros três são provenientes de coleção particular.

O dossiê da exposição ficará disponível em formato digital e poderá ser reutilizado em sala de aula ou em quaisquer atividades pedagógicas que se considerem pertinentes.