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Hipólito

Estreia: 6 maio, 2010

Hipólito de Eurípedes

Encenação: Carlos Jesus

Sinopse

O drama de Hipólito é o de estar amarrado a um juramento de silêncio que o impede de salvar a própria vida. Casto, abomina os prazeres da carne e, por isso mesmo, há-de morrer. Porque a recusa de Afrodite, garante da ordem e da renovação cósmicas, é também um tremendo pecado de hybris, Hipólito não é, de forma alguma, inocente. A excessiva – porque exclusiva e exacerbada – veneração de Ártemis, que cedo o lançou para uma virgindade ofensiva e anti-natura, é assim tão responsável pela sua morte quanto a paixão que por ele sente a madrasta. No ponto que resta desse triângulo surge Teseu, personagem enigmática e verdadeiramente trágica que, no momento em que regressa ao seu palácio, assiste à sua ruína incontornável. Sobre ele pesam erros antigos, mas vai ainda pesar um outro erro – o de confiar cegamente na esposa morta e não conceber, em momento algum, a inocência do filho. É a aniquilação total dos três vértices desse triângulo o balanço da tragédia. Fedra e Hipólito morrem, de facto, mas o rei com que termina a peça é, também ele, um ser destruído, a quem, não obstante, é ainda concebida a dádiva do perdão.

Ficha Técnica

Direção de atores: Cláudio Castro Filho

Apoio ao movimento: Leonor Barata ("OTeatrão")

Tradução do grego: Frederico Lourenço

Desenho de luzes: Chavanna Ferreira

Seleção musical: Carlos Jesus

Figurinos: Rosário Moura

Execução do guarda-roupa: Dila Pato

Elenco

Ângela Leão, Ricardo Mocito, Bruno Fernandes, Andrea Seiça, José Luís Brandão, Stella Quandt, Lia Nunes, Ana Seiça Carvalho, Carla Correia, Erica Mascarenhas, Weberson Grizoste, Miguel Sena, Margarida Cardoso, Tânia Mendes

Galeria (c)Pedro Caldeira