Universidade de Coimbra lidera na capacidade de atração de estudantes internacionais

20 dezembro, 2018≈ 4 mins de leitura

© UC | Sérgio Azenha

Segundo as propostas de orçamento apresentadas pelas universidades públicas portuguesas, metade dos cerca de 13,5 milhões de euros que esperam receber em 2019 em propinas de estudantes internacionais deve-se à Universidade de Coimbra (UC). Estes números comprovam o crescimento sustentado e a liderança nacional da UC na capacidade de atração de alunos estrangeiros, que atualmente são cerca de 20% dos alunos inscritos na instituição.

Esta posição de liderança é fruto de um intenso trabalho de internacionalização. Em 2014, menos de um mês depois da entrada em vigor do Estatuto de Estudante Internacional (Decreto-Lei 36/2014, de 10 de março) já a Universidade de Coimbra estava a publicar em Diário da República o regulamento respetivo. E desde essa altura que se tem mantido na vanguarda dos esforços de atração de estudantes de paragens distantes. É a única universidade portuguesa que tem mantido presença contínua nas principais feiras especializadas em estudos superiores organizadas no Brasil e na China (dois dos países a que se dirige com especial enfoque), para além de inúmeras outras iniciativas de divulgação, atração e acolhimento, que incluem páginas web focadas (Brasil, China) e presença nas redes sociais chinesas.

“Esta posição de grande destaque é ainda mais notável porque a Universidade de Coimbra consegue atrair o maior número de estudantes internacionais apesar de cumprir estritamente a lei: ao contrário de outras universidades portuguesas, que tentam atrair os estudantes internacionais com propinas abaixo do custo real, a UC tem mantido as propinas ao nível do custo real. Como o Estado Português não financia os estudantes internacionais, as propinas têm de cobrir integralmente os respetivos custos, ao contrário dos portugueses em que as propinas só cobrem cerca de um sexto dos custos do ensino. Compreende-se que quem trabalha abaixo do preço de custo não consiga nem promover devidamente a oferta da sua universidade nem receber os estudantes com o nível desejado, acabando por os afastar porque estes procuram essencialmente qualidade”, esclarece o Reitor da UC, João Gabriel Silva.

Esta atratividade permitiu que o número total de estudantes inscritos em cursos da UC tenha aumentado no último ano letivo, apesar da tendência decrescente de estudantes portugueses que – por razões demográficas – se mantém de há muitos anos a esta parte. No total, em 2017/18, 4303 dos alunos inscritos na Universidade de Coimbra em cursos conferentes de grau eram estrangeiros, um crescimento de 9% em relação ao ano letivo anterior (3945) e de 23% desde 2014/15 (3493).

Há também sólidos progressos na mobilidade (Erasmus e programas similares): em 2017/18 saíram em mobilidade para outras universidades mais 60% de estudantes da UC do que sete anos antes, e os que vêm para a UC são mais do dobro dos que saem. Mas o avanço mais significativo dos últimos anos foi mesmo o da capacidade de atração dos estudantes internacionais. De 2013 até 2017/18, o número de estudantes internacionais na UC passou de zero para um total de 992 inscritos no último ano letivo [o conceito de estudante internacional stricto sensu refere-se aos que ingressam nas instituições de ensino superior no primeiro e segundo ciclos, para fazer todo o seu curso na UC, mas não são financiados pelo Estado Português].

Por tudo isso, o desafio para a instituição é conservar a liderança nacional e o estatuto de universidade cada vez mais global. “A Universidade de Coimbra está inteiramente empenhada na melhoria contínua do seu funcionamento, e da sua oferta educativa, para manter a posição destacada de que desfruta atualmente”, conclui João Gabriel Silva.

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