Com o ano 2019 chegam duas efemérides importantes na área da sismologia portuguesa. Dois dos maiores sismos que já ocorreram em Portugal continental no século XX, de 1909 e 1969, completam 110 e 50 respectivamente.
Para marcar a data, o Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra (OGAUC) recebe no próximo sábado, 6 de abril, a palestra Os Grandes Sismos de 1909 e 1969. O objetivo é debater “o impacto dos sismos de 1909 e 1969 e a sua implicação na sociedade e na reestruturação da rede sísmica em Portugal”, explica Ana Gomes do Centro de Investigação da Terra e do Espaço da UC. Em destaque vai estar também a “importância do antigo Instituto Geofísico da Universidade de Coimbra (UC), agora Observatório Geofísico e Astronómico, e o seu papel no contexto da evolução da geofísica em Portugal”, salienta a investigadora.
“No primeiro sismo, de 1909, só a Universidade de Coimbra é que tinha equipamento sísmico, ou seja, só havia um sismógrafo em Portugal Continental que era da UC”. Ana Gomes destaca que “quando ocorreu este sismo o registo foi enviado para vários observatórios europeus, porque já nessa altura havia uma forte ligação entre o então o observatório meteorológico e magnético da UC e os outros observatórios internacionais”.
Após o sismo de 1909, a rede de sismógrafos em Portugal cresceu e foram criadas mais duas estações. “O sismo de 1969 também foi registado pela UC, que nessa altura já tinha dois sismógrafos a funcionar”, sublinha a investigadora do Centro de Investigação da Terra e do Espaço da UC .
Com início marcado para as 10h30, no antigo Instituto Geofísico da UC, localizado na Avenida Dias da Silva, o evento é aberto ao público e não carece de inscrição. “Vai ser feita uma breve resenha histórica do inicio do observatório e depois mostrar um pouco da história da sismologia em Portugal, já que a sismologia portuguesa realmente começou na Universidade de Coimbra”, conclui Ana Gomes.
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