Que Universidade? Interrogações Sobre os Caminhos da Universidade em Portugal e no Brasil

20 outubro, 2014≈ 3 mins de leitura
Título: Que Universidade? Interrogações Sobre os Caminhos da Universidade em Portugal e no Brasil
Autor: Luís Reis Torgal
Sinopse: A Universidade é das instituições mais duradouras e, pelo menos aparentemente, mais prestigiadas. Surgida na Europa do século XI-XII em Bolonha e em Paris, estendeu-se a toda a Europa e depois à América hispânica e, de seguida, ao mundo norte-americano e a todo o globo, com um tipo de organização diferente, embora tendo sempre como modelo a Universidade europeia. Portanto, estudar a Universidade implica conhecer a sua história ou as suas histórias, muito diversas, embora seja claro que no início ela supunha a existência de liberdades próprias e de uma acepção corporativa. Daí que a autonomia seja um dos seus valores mais reclamados.

Hoje, há muitos novos problemas a discutir à volta da Universidade que acompanham o debate de centenas de questões que existem na sociedade, a qual, se passa por uma crise económico-financeira significativa, ligada ao capitalismo, à globalização e a uma ideologia neoliberal, que, com o seu pragmatismo, esqueceu a ideia do “Estado Social” ou da “Democracia Social”, é marcada sobretudo por uma crise cultural profunda. Fala-se, é certo, de uma juventude cada vez melhor formada, o que, se estatisticamente pode ser correcto, talvez não o seja na realidade, até porque se vê subir assustadoramente o desemprego ou o subemprego de diplomados no ensino superior. Daí a pergunta a que os autores (para quem as interrogações e a consciência crítica, que vão faltando neste mundo, são mais importantes do que as respostas) não pretendem exactamente responder: Que Universidade? Esta obra é, pois, uma tentativa de apresentar uma panorâmica de duas experiências, a portuguesa e a brasileira, bem diferentes no seu passado e no seu presente, em resultado de uma reflexão conjunta realizada por dois investigadores ao longo de cerca de dois anos de convívio académico fraterno e de vivo debate, que é o que mais vai faltando no panorama universitário, valores que foram infelizmente substituídos por uma burocracia formatadora e limitadora da liberdade.

 

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