Os cravos de Portugal para conhecer no Jardim Botânico

Exposição "Portugal é um País de Cravos" está patente no patamar da estufa do JBUC até final de julho.

MC
Marta Costa
08 junho, 2024≈ 2 mins de leitura

© UC | Marta Costa

Cravina-do-douro, Cravina-palhinha ou Cravina-montesa. Estes são três exemplos das 12 espécies de cravos e cravinas silvestres nativas de Portugal. No Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC), vai poder vê-las de perto e conhecer um pouco mais sobre estas e outras, incluindo "três exclusivas do nosso território, duas da península de Lisboa e uma do norte transmontano", revela o botânico e investigador do JBUC, João Farminhão.

A exposição "Portugal é um País de Cravos" é a proposta do JBUC para dar a conhecer as espécies e subespécies de cravos e cravinas silvestres do País e está patente no patamar da estufa até final de julho.

Os cravos têm muitas curiosidades, conta João Farminhão. "Existem cerca de 500 espécies e subespécies por toda a bacia mediterrânica, e são das plantas com flor que evoluem mais rapidamente", explica. Em Portugal, são espécies que têm "um valor cultural e simbólico muito grande".

A diretora do JBUC, Teresa Girão, conta que o desafio surgiu no âmbito das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril, "e foi num ápice que se decidiu" a temática. "Um trabalho longo, de meses, de recolha de norte a sul de Portugal continental, para mostrar ao nosso público as diferentes espécies de cravos e cravinas silvestres que existem", e que podem agora ser visitadas e apreciadas no Jardim, que as plantou, cuidou e preservou para as mostrar ao público.

"Sendo a nossa missão preservar a biodiversidade vegetal, temos também a missão de partilhar o conhecimento", acrescenta Teresa Girão. A diretora do JBUC acredita que "as pessoas tendem a cuidar melhor quando conhecem melhor" e, por isso, espera que com a exposição haja um "movimento para que todos ajudem a preservá-los melhor dentro e fora dos muros".

Ao lembrar que "o cravo é uma flor muito acarinhada" e, tanto "histórica como simbolicamente, está muito presente na nossa vida", Teresa Girão garante que o público do Jardim Botânico vai facilmente identificar-se "e criar uma ligaçao emocional com esta exposição".

Mais informação sobra a exposição aqui.