Mimesis 2024: Requiem - "a única censura que deveria existir é censurar a censura"

O espetáculo de dança sobe ao palco do Teatro Académico de Gil Vicente a 15 de junho, pelas 21h30.

AB
Ana Bartolomeu
15 junho, 2024≈ 2 mins de leitura

© DR

Dedicada às vítimas do fascismo e da censura, a obra musical de Fernando Lopes-Graça é levada a palco pela companhia Dança em Diálogos, numa homenagem que evoca a memória do 25 de Abril. Requiem - "a única censura que deveria existir é censurar a censura" integra a 5.ª edição do Ciclo de Teatro e Artes Performativas – Mimesis e sobe ao palco do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) este sábado, 15 de junho, pelas 21h30.

A ideia passou por "construir o espetáculo de uma forma mais carregada no início, como se ainda estivessemos numa ditatura", explica a diretora artística, Solange Melo. Procura-se criar um "sentimento de opressão que se veja nos corpos dos bairalinos" que depois, ao longo do espetáculo, se abre num "caminho para a liberdade". Assim, o público vive "esses dois sentimentos", a opressão e a liberdade.

Para além da dança e da música, entra também em cena a literatura, num desafio lançado a três escritores: Cláudia Lucas Chéu, Ondjaki e Elmano Sancho. Cada um regidiu uma obra literária inédita, com diferentes perspetivas sobre os últimos 50 anos.

Participar no Mimesis "é muito importante", considera Solange Melo, pois "só com esta artilculação de parcerias é que é possível chegar a todos e chegar de uma forma plena".

Os bilhetes para Requiem - "a única censura que deveria existir é censurar a censura" variam entre os 5 euros (bilhete com desconto TAGV) e os 7,5 euros e podem ser adquiridos na bilheteira do Teatro.

Saiba mais sobre a 5.ª edição do Ciclo de Teatro e Artes Performativas – Mimesis aqui.

Dança l Requiem - "a única censura que deveria existir é censurar a censura"


Organização: Dança em Diálogos - Associação Cultural

Local: Teatro Académico de Gil Vicente

O sentido de Requiem clama por um justo repouso de quem é, e do que pode ser, permanentemente recordado. Já a madura Liberdade, é incansável na defesa da única censura que deveria existir, que é censurar a censura. Da apropriação deste pensamento de Julião Sarmento e também da sua imagética perturbadora, e partindo da obra Requiem de Lopes-Graça e de textos inéditos de Cláudia Lucas Chéu, Ondjaki e Elmano Sancho, são perspetivados corpos, movimentos, imagens e recortes narrativos de memórias cruzadas.

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