Exposição Fotográfica | sombra e luz | Ana Raquel Matos

03 março, 2022≈ 3 mins de leitura

Inauguração, dia 16 de fevereiro, 18h, hall da entrada da FEUC

cartazsombraeluzv2a

Sombra e Luz
E fez-se sombra. Há muitos mundos que se conhecem ou se criam assim. Tal como num teatro de sombras chinesas, vemos força, mistério, dramatismo, curiosidade, espanto, esperança ou temor quando se trocam as voltas à luz. Diversas gradações entre platitude e volume se podem acrescentar e começam a evaporar-se ideias feitas. Olhamos e não sabemos se é nuvem, neblina, mar, orvalho ou sal. Olhamos e temos de pensar se é começo ou final de dia, se é a cidade que pensamos conhecer, se é urbano ou rural, se é tristeza ou serenidade, se é paragem ou movimento, se as pessoas se encontram ou se viram costas. E ainda se somos nós que estamos a ver ou se é alguém que nos observa. À luz da sombra, descansa-se nas árvores de verão, mas, se pensarmos bem, também se pode aprender e mudar muito ao longo de todas as estações da vida.

André Brito Correia
fevereiro 2022

NOTA BIOGRÁFICA
Ana Raquel Matos nasceu no último dia de um mês de verão, em 1973, no Reino Maravilhoso que partilha com Miguel Torga, em Vila Real de Trás-os-Montes. Decidida a perceber como seria viver “para lá do Marão”, chegou a Coimbra em 1991. Fez da FEUC casa de partida, onde começou, num lugar à janela, a praticar a imaginação sociológica de Wright Mills. Optou por fixar residência na Sociologia, da licenciatura ao doutoramento, e é aí que ainda mora, como Professora Auxiliar na FEUC e Investigadora no CES.

O gosto pela fotografia nasceu pela mão do tio materno mais novo quando tinha apenas 13 anos. Desses dias recorda hoje, com o carinho de adulta e o assombro que guarda da adolescência, os sucessivos momentos em que ele lhe esticou a mão para, sem caução ou recomendações, lhe emprestar a sua Canon último modelo.

Como na canção, anda pelo mundo a prestar atenção em cores de que não sabe o nome, a passear no escuro, mas vendo tudo enquadrado.

Partilhe