Henrique Girão é o novo diretor do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica da FMUC

27 janeiro, 2022≈ 6 mins de leitura

o diretor do iCBR, Inv. Doutor Henrique Girão

© Carina Monteiro

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Promover uma maior troca de ideias e experiências é o objetivo da nova Direção que, liderada pelo investigador Henrique Girão, pretende fomentar a criação de projetos colaborativos inovadores e disruptivos, aproximando comunidade clínica e investigadores, ao mesmo tempo que tira proveito da complementaridade de competências e recursos existentes entre estas duas dimensões da investigação em (bio)medicina. No iCBR-FMUC existe uma estreita articulação com a comunidade clínica: o objetivo é estudarmos novos mecanismos de doença e, com base nisso, encontrarmos novos alvos terapêuticos. No fundo, queremos levar a cabo uma abordagem transversal e holística, que nos permita abordar todas estas questões, desde a molécula até ao homem, criando, assim, condições que sustentem a translação do conhecimento adquirido, em benefício dos doentes: a doença, os doentes e a sociedade são o mote da nossa investigação, salienta Henrique Girão.

Com mais de cem investigadores integrados doutorados, o iCBR-FMUC assenta em cinco grandes áreas: Envelhecimento, Ciências Cardiovasculares, Ciências da Visão, Neurociências e Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia. Com total confiança e muita esperança no conjunto de clínicos de “excecional qualidade”, o novo Diretor acredita que é possível, com vontade, esforço e empenho, fazer do iCBR-FMUC uma unidade de investigação de excelência, de acordo com os mais exigentes padrões de qualidade a nível internacional.

Outro dos objetivos traçados pela nova direção do iCBR-FMUC, passa pela captação e retenção de talentos e por uma maior proximidade à sociedade civil e a agentes económicos: é fundamental que sejam criadas condições para atrair e reter jovens talentos e promover um maior envolvimento com a sociedade civil. A ciência já não se faz só para os cidadãos, mas com os cidadãos. Por isso, é fundamental uma estratégia que promova uma maior proximidade com os cidadãos. Além disso, temos também prevista uma reorganização do instituto, por forma a fomentarmos uma maior participação dos agentes económicos, enquanto agentes empreendedores. A ideia é a de que representantes da sociedade civil e do mundo empresarial passem a fazer parte integrante das nossas estruturas de estratégia científica da instituição.

Neste novo cargo, que acumula com outras funções na área do ensino, gestão e investigação, Henrique Girão olha para uma Escola Médica como uma instituição cuja missão passa por preparar os cidadãos para os problemas, desafios e oportunidades que o avanço científico e tecnológico oferece. A este respeito, reforça que é necessário descer do nosso pedestal e, de pés bem assentes na terra, aproximarmo-nos da sociedade, para perceber as suas inquietudes, os seus anseios e as suas expetativas, disponibilizando os nossos vastos e qualificados recursos para ajudar a resolver problemas que assolam e atormentam as pessoas.

Para além da Direção do iCBR, Henrique Girão mantém a sua ligação à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra onde exerce, entre outras, funções de Subdiretor para a Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Co-Coordenador da Área Cardiovascular, Coordenador do Programa de Doutoramento em Ciências da Saúde e do Mestrado em Investigação Biomédica, Diretor do Laboratório de Microscopia e Bioimagem e do Laboratório de Comunicação em Saúde. No Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB) da Universidade de Coimbra, consórcio que reúne o iCBR e o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), Henrique Girão é Membro do Conselho Científico, Membro da Comissão Executiva e Coordenador do Grupo de Cardiologia Celular e Translacional (CARDICT), uma equipa multidisciplinar que integra clínicos, ligados à área cardiovascular, e investigadores.

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Sobre o Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR)

O Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR), anteriormente IBILI, é uma Unidade Multidisciplinar de Investigação da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC). A investigação no iCBR visa investigar os mecanismos moleculares e celulares implicados no aparecimento e desenvolvimento de diversas patologias, identificar estratégias terapêuticas inovadoras e marcadores de diagnóstico, bem como desvendar e implementar novas abordagens para promover a qualidade de vida e o bem-estar.

O iCBR está organizado em cinco grandes Linhas de Investigação, centradas em 1) Doenças Cardiovasculares e Metabólicas; 2) Neurofarmacologia e Neuropsiquiatria; 3) Doenças da Visão; 4) Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia (CIMAGO); e 5) Vida Saudável e Envelhecimento Ativo. Com o objetivo de promover uma colaboração estreita e profícua entre a investigação básica e a clínica, cada Linha de Investigação é coordenada por um investigador e um Clínico, permitindo, assim, abordar questões complexas, de forma integrada, transversal e holística, desde a molécula ao homem. Com esta estratégia pretende-se ainda criar as condições que estimulem a transferência e aplicação do conhecimento gerado, em prol dos doentes.

O iCBR-FMUC tem sido regularmente avaliado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), através de painéis de avaliação internacionais, com Excelente/ Muito Bom. O iCBR-FMUC, em conjunto com o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra, criou o consórcio Centro de Biomedicina e Biotecnologia Inovadora (CIBB) para potenciar colaborações e elevar a qualidade da investigação científica para níveis de excelência.

Mais informações emhttps://www.uc.pt/en/fmuc/icbr

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