Exposição Fotográfica | re(nascer) | Paulo Peixoto

01 junho, 2023≈ 3 mins de leitura

Exposição Fotográfica | re(nascer) | Paulo Peixoto

Está patente no Bloco de Ensino da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, a Exposição Fotográfica “re(nascer)” de Paulo Peixoto, Professor da FEUC e Provedor do Estudante da UC.

Re(nascer)

Não escolhemos nascer. Por isso, estamos obrigados a renascer. Renascer é encontrar o sentido da vida. É darmo-nos uma vida. É o poder eminentemente humano de nos inventarmos e reinventarmos. Renascemos das cinzas de um fracasso para aprendermos com ele e não voltarmos aos mesmos erros. Renascemos porque morremos. Mas renascer é também um processo poderoso que nos permite mudanças e transformações positivas nas nossas vidas... mesmo quando a vida nos corre bem. Renascemos porque acreditamos em nós. Renascemos porque vivemos e porque queremos viver.

Renascer, como diria a poetisa, é aprender com as primaveras a deixarmo-nos cortar e a voltar sempre inteiros. É aprendermos a importância de um fragmento de uma coisa maior e a relevância de instantes que nos permitem encher os dias e a vida para podermos estar dentro de tudo. É tornar o pormenor maior que o todo e um raio de luz maior que o sol.

Enquanto a vida tiver uma história para contar, enquanto houver memórias captadas num raio de luz, enquanto houver espaço para nos descobrimos, nem as vidas mais banais podem prescindir de renascer.

Paulo Peixoto | Mangualde, 1969 | Coimbra, 1989 | Bélgica, 1991 | Rio de Janeiro, 2014

Ninguém nasce apenas uma vez. Quem nasce uma só vez decide não viver. Eu nasci, pelo menos, quatro vezes. As três últimas por opção. É fantástico podermos optar por nascer, pois é isso que nos permite ser “sempre o mesmo … ser sempre outro”. Recomeçar, reinventarmo-nos, sem termos de deixar o passado para trás e sem termos de deixar de acreditar no futuro. Ser ou não nascer, eis a questão!

Há sempre um momento nas nossas vidas para a fotografia, nem que seja quando fazemos um autorretrato mais ou menos colorido. A fotografia é uma paixão. É um hobby. É uma profissão. É uma técnica ou mesmo uma arte. É uma linguagem universal e outras coisas mais. Para mim a fotografia é, sobretudo, e muitas vezes não mais do que isso, uma metodologia. É um caminho visual, através da fotoelicitação, para fazer sociologia.

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