Nelson Mandela (1918-2013)

20 julho, 2018≈ 3 mins de leitura

Mandela

Para assinalar o centenário do nascimento de Nelson Mandela, a Biblioteca Geral promove uma mostra documental do homem que marcou profundamente a história contemporânea dos séculos XX e XXI. 

Mandela nasceu a 18 de julho de 1918 na aldeia de Mvezo, no interior da África do Sul, pertencendo à nobreza tribal da nação Xhosa, os Madiba, apelido pelo qual era frequentemente tratado. Foi rebatizado como “Nelson” pela sua professora primária, seguindo o costume de dar nomes ingleses às crianças que frequentavam a escola.

Tendo ficado órfão de pai, aos nove anos, foi entregue aos cuidados de um tutor, o seu tio Jongintaba Dalindyebo, rei dos Thembu, que o incentivou a prosseguir estudos.

Licenciou-se em Direito em Joanesburgo, tendo sido o primeiro negro a abrir uma sociedade de advogados. Filiou-se no ANC, partido que tinha sido fundado em 1912 por negros. 

Mandela foi preso e julgado por traição em 1962, tendo sido condenado a prisão perpétua. A sentença provocou uma onda de solidariedade internacional para com o prisioneiro n.º 46664.

A partir do final dos anos 70, aumentaram as manifestações e apelos a exigir a libertação de Mandela. O dia da liberdade veio a ocorrer a 11 de fevereiro de 1990. A sua eleição para presidente do ANC, em julho de 1991, seria a primeira etapa de um processo que conduziu ao fim do apartheid e às primeiras eleições em que os negros puderam votar.

A sua governação ficou marcada pela criação da Comissão da Verdade e Reconciliação incumbida de averiguar, mas não de punir, os factos ocorridos durante o período do apartheid. Procurou igualmente criar condições para garantir condições de equidade e integração à minoria branca.

Em 2000, Mandela retira-se formalmente da vida pública, passando a desenvolver a sua atividade em defesa de causas concretas como a disseminação do VIH/SIDA no continente africano. Em 1993, viria a ser galardoado com o Prémio Nobel da Paz, conjuntamente com De Klerk, o último Presidente do regime do apartheid. Em 2006, foi-lhe atribuído o título de Embaixador de Consciência da Amnistia Internacional.

Morreu no dia 5 de Dezembro de 2013, com 95 anos, na sua casa de Joanesburgo rodeado da família.

A admiração que a sua memória vem suscitando por todo o mundo funda-se em dois motivos: o seu exemplo de luta tenaz contra a discriminação racial e a tolerância generosa e abrangente que, depois da libertação, evidenciou para com aqueles que o mantiveram preso ao longo de 27 anos.

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