Luís Neves
Vice-Reitor da Universidade de Coimbra para as áreas de Recursos Humanos, Financeiros e SASUC, responde a uma série de vinte questões, inspiradas no Questionário de Proust
Plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.
A história mostra que a humanidade se envolve regularmente em conflitos armados e atualmente existem arsenais nucleares capazes de destruírem várias vezes o nosso planeta.
Assumindo que a pergunta se refere à obra realizada e não às qualidades pessoais, Elon Musk, pelo papel desempenhado em prol da mobilidade elétrica, das energias renováveis e da exploração do espaço.
Honestidade.
Dos anos 70 ficou-me indelevelmente apegado o famoso “pá”.
A esposa e a filha, os meus sóis no universo em que nos movemos.
Em Coimbra, entre 1984 e 1991: ingressei na carreira académica, casei, nasceu a minha filha, vi o projeto europeu aprofundar-se, caiu a cortina de ferro, concluí o doutoramento, o país desenvolveu-se e as universidades internacionalizaram-se.
A capacidade de recordar de forma pronta momentos, informações, documentos, livros, etc., que passaram por mim ao longo do tempo e que teimam em se ocultar rapidamente nas brumas da memória.
Apreciei muito ter conseguido eliminar a minha pegada carbónica energética, através de um investimento em painéis fotovoltaicos que compensam integralmente os consumos da minha casa e viatura elétrica. Prova-se que a tecnologia permite conciliar sustentabilidade e qualidade de vida, não sendo estas mutuamente exclusivas.
A amizade perene e incondicional.
Aprecio fragmentos de poemas de diversos autores, contudo, não sendo o meu tipo de literatura preferida, não ouso destacar nomes (para registo sou mais adepto de ficção científica, detendo algumas centenas de volumes da saudosa coleção Argonauta, onde se inclui o n.º 1, editado em 1953, que herdei de meu pai).
Na minha juventude os heróis tinham valores como a honra, integridade, mérito e inteligência, e não dispunham de superpoderes para resolverem os problemas sem terem de se esforçar por isso como acontece atualmente. Posso referir como exemplo Horatio Hornblower, que me proporcionou muitas e boas horas de leitura pela mão de C.S. Forester.
Impossível distinguir de entre tantas pessoas que procuraram transformar e melhorar o nosso mundo, bem como resistir ao mal, por vezes com risco da própria vida. Aproveito para homenagear aqui os heróis e heroínas anónimos cujas histórias nunca conheceremos.
Arrisco referir o Infante D. Henrique, que personifica os valores da ciência, inovação e conhecimento ao serviço da sociedade.
A galeria de horrores é infelizmente muito vasta, mas dou a palma, sem dificuldade, a Adolf Hitler.
Conduzir algumas centenas de quilómetros, aproveitando a viagem para dar liberdade ao pensamento, e passear à beira-mar nas ilhas da Ria Formosa, em contacto com a natureza.
Não conseguir recusar desafios para assumir cargos de responsabilidade.
Não consigo imaginar melhor alternativa a uma carreira de ensino e investigação, com o privilégio adicional de a ter realizado na Universidade de Coimbra.
A capacidade de gerar compromissos. Quando nos movemos em conjunto somos mais fortes!
Presentemente, e com muito gosto, partilho o lema Citius, Altius, Fortius – Communis.
Produção e Edição e Conteúdos: Milene Santos, DCOM
Edição de Imagem: Sara Baptista, NMAR
Grafismo: Francisco Elias, NMAR