Contratado pela Comissão Administrativa do Plano de Obras da Cidade Universitária de Coimbra (CAPOCUC) para executar dois frescos destinados às escadarias da Biblioteca Geral, em 18 de novembro de 1955, o artista portuense Rui Preto Pacheco (1922-1989) não cumpriu o contrato e abandonou sem explicações o estaleiro da obra, nos inícios de fevereiro de 1957. Para trás, deixou alguns esboços preparatórios, que vieram a ser incorporados (em 2006) na coleção de Manuscritos da BGUC, e cinco cartas endereçadas ao artista, que só poderão ser abertas em 2032, nos termos do artigo 17.º do Decreto-Lei nº 16/93, de 23 de janeiro. Suspeita- se de que os trabalhos de pintura mural da mão de Rui Preto Pacheco (decerto incompletos) ainda possam ser encontrados sob a tinta branca das escadas e, se assim for, talvez possam um dia ser postos à vista.