Consórcio de 13 centros europeus que monitoriza a segurança das vacinas COVID-19 publica primeiro artigo. O Coordenador da participação portuguesa no projeto é o docente da FFUC, Prof. Doutor Francsico Batel Marques.

27 february, 2024≈ 3 min read

Um estudo realizado pelo consórcio que monitoriza a segurança das vacinas contra a Covid-19 na UE, composto por 13 centros europeus, analisou as reações adversas a medicamentos (RAM) em indivíduos, após receberem o primeiro ciclo de vacinação contra a COVID-19, incluindo as doses de reforço. O objetivo era confrontar a manifestação destas reações em pessoas que já tinham sido previamente infetadas pelo SARS-CoV-2, com aquelas que não tinham esse historial.

Os dados foram recolhidos por meio de questionários eletrónicos entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2023. Foram incluídos na análise 3886 vacinados com infeção prévia que receberam a primeira dose, e 902 que receberam uma dose de reforço. Os resultados revelaram que, após a primeira dose ou dose de reforço, os vacinados com historial de infeção apresentaram uma frequência mais elevada de pelo menos uma RAM em comparação com aqueles sem infeção prévia.

Entretanto, após a segunda dose, a ocorrência de RAM foi inferior nos vacinados com historial de infeção por SARS-CoV-2 em comparação com o outro grupo. O tempo médio para o início e recuperação das RAM foi semelhante em todas as doses e grupos estudados.A frequência de RAM foi mais elevada em indivíduos com infeção anterior que receberam a vacina Vaxzevria como primeira dose e Spikevax como segunda dose e dose de reforço. É importante salientar, que a ocorrência de RAMs graves foi baixa em todas as doses e grupos.

Estes resultados fornecem informações valiosas, para orientar as pessoas sobre os possíveis efeitos adversos com base no seu histórico de infeção por SARS-CoV-2 e no tipo de vacina administrada.De acordo com os estudos principais, foi estabelecido que as vacinas contra a COVID-19 demonstram manter um padrão de segurança robusto, mesmo em pacientes que foram previamente infetados pelo SARS-CoV-2.

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