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Ideologia e Propaganda Colonial no Estado Novo

Novo livro de José Luís Lima Garcia com Prefácio de Luís Reis Torgal

24 outubro, 2022≈ 3 mins de leitura

Foi publicado pela Editora Palimage o livro Ideologia e Propaganda Colonial no Estado Novo, do investigador do CEIS20 José Luís Lima Garcia. Este livro resulta de uma investigação realizada para um doutoramento apresentado em 2012 à Universidade de Coimbra e tem prefácio de Luís Reis Torgal. Saiba mais no website da Editora ou leia um excerto do Prefácio em baixo.


"Na minha Faculdade de Letras persistiu até há bem pouco tempo um Instituto de História da Expansão Ultramarina. Nada tive contra essa designação desde que convenientemente dissecada, mas sempre propus — aliás sem sucesso — que se lhe juntasse a História da Colonização, do Colonialismo, do Anti-Colonialismo e dos Países Ex-Colonizados.

É neste contexto que orientei ou acompanhei algumas teses e trabalhos de fim de curso, como as dissertações sobre Amílcar Cabral e sobre o PAIGC, ou, nos antípodas, sobre a propaganda colonial do chamado Estado Novo, que de resto prolonga a propaganda da nossa Primeira República, que era também (como não podia deixar de ser no segundo e no terceiro decénios do século XX) colonialista ou colonial. Daí ter surgido a tese de José Luís Lima Garcia sobre o tema e, no seu âmbito, sobre a Agência Geral das Colónias, que cosmeticamente se transforma, a partir dos anos 50, em Agência Geral do Ultramar. É um tema que o autor começou a estudar no fim do século passado e de que deu a conhecer com maior extensão e profundidade em 2012 no seu doutoramento.

Finalmente realiza aqui e agora a sua publicação em papel, que é a forma como se pode tornar mais conhecida ou, pelo menos, mais resistente ao tempo. Será afinal mais um contributo para conhecer o colonialismo e a realização da ideia de Império, conceito que se trivializou até em nomes comuns de várias empresas. Essa ideia de Império Colonial supõe o vasto território que vai de África a Timor e o período que se estende de 1924 a 1974, mesmo que a partir dos anos 50 se iniciasse o processo cosmético de chamar a cada uma das possessões (tão diferentes…) Províncias Ultramarinas e não Colónias e se fossem extinguindo as leis do indigenato."

in Prefácio, Luís Reis Torgal

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