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O blusão do (para sempre) Capitão

Blusão militar de cabedal de Otelo Saraiva de Carvalho. Contém um fecho éclair e dois bolsos de cada lado na zona do torso. Inclui, na zona dos ombros, distintivos militares com fundo preto e duas linhas verticais douradas correspondendo à insígnia de Major.

Em 24 de abril de 1974, Otelo Saraiva de Carvalho, um major de 37 anos, chegou ao quartel do Regimento de Engenharia 1, na Pontinha perto das 22h. Ali funcionaria o Posto de Comando da operação que nessa noite deveria depor o regime com um plano de operações de sua autoria, que apenas ultimara dez dias antes.

Entrou vestido à civil, segue diretamente do Jornal do Comércio, no Camões, onde passou um recado ao capitão António Ramos para este transmitir a Spínola: “A operação vai começar agora. Está aqui o plano de operações que mandei distribuir. Entrega-o ao general.”

Destino: Pontinha, já preparada desde o final dessa tarde após a saída do pessoal - Ferreira de Macedo tapa as janelas com cobertores e Garcia dos Santos monta o sistema de comunicações.

Otelo foi a uma sala fardar-se antes de entrar no Posto de Comando, onde, nessa noite, teria consigo Garcia dos Santos, Fisher Lopes Pires, Hugo dos Santos, Sanches Osório e Vítor Crespo. E assim tem início a operação “Fim-Regime”.

Mais informação sobre o tema disponível aqui.

O blusão é uma das peças da Exposição 50 x Abril “Ainda há história para contar?”, patente de 13 de abril a 15 de junho, na Galeria da Caixa de Crédito Agrícola de Alcobaça, e promovida pelo Centro de Estudos Superiores da Universidade de Coimbra em Alcobaça, pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra e pela Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.